O novo papel do departamento de RH como ativo estratégico da empresa

A função do departamento de RH mudou drasticamente nos últimos anos. Muitas vezes, as empresas limitam as suas equipas de RH à gestão de tarefas de back-office. Hoje a digitalização torna o panorama muito diferente. Face à necessidade de atingir um desempenho eficiente do capital humano, os RH passam a ser um ativo estratégico para garantir o sucesso dos negócios.

As tarefas puramente administrativas relacionadas com a gestão de pessoal – gestão do processamento salarial, licenças, férias … – são tarefas repetitivas e manuais que podem ser automatizadas com soluções de HCM, como as oferecidas pela Talentia. Desta forma, o departamento de recursos humanos pode concentrar-se na execução de tarefas criativas e que agregam valor à empresa. O diretor de RH tem, assim, mais autonomia para se focar em programas que promovam o bem-estar, por exemplo, considerada a tendência mais proeminente em termos de importância no relatório “Global Human Capital Trends” da Deloitte, em 2020.

O bem-estar dos colaboradores é um fator “importante” ou “muito importante” para o sucesso da organização, segundo 80% dos 9.000 entrevistados pela consultora. É um elemento essencial para manter a motivação elevada e salvaguardar a saúde mental dos colaboradores. Além disso, desempenha um papel fundamental na atração e retenção de talentos.

A automatização permite que tarefas repetitivas deixem de ser um fardo. O desafio agora está em desenvolver estratégias inovadoras de gestão de capital humano. É precisamente nisso que consiste a nova função de RH: ser um elemento-chave para que a organização alcance o máximo desempenho.

Recursos humanos: como converter-se num ativo estratégico

Os recursos humanos podem demonstrar o seu valor estratégico ao desenvolver políticas ou estratégias de bem-estar que ajudem a aumentar a produtividade. Mas também existem outras formas, como a criação de espaços de trabalho adequados, a promoção da comunicação com os colaboradores, a implementação de soluções que permitam um teletrabalho eficiente ou a oferta de uma vasta gama de programas de formação que melhore as competências dos colaboradores.

Os espaços de trabalho já não são apenas físicos, mas também virtuais. Nesse sentido, o departamento de RH é um ator essencial para minimizar os riscos do teletrabalho. De acordo com o estudo Leading practices for remote working da KPMG, um deles é o menor senso de conectividade e espírito de equipa por parte dos colaboradores. Este risco pode ser mitigado selecionando aplicativos e widgets de e-HR que melhor atendam às necessidades de cada organização. Com essas ferramentas, é facilitada uma maior colaboração e autonomia dos colaboradores.

Os recursos humanos também podem demonstrar seu valor estratégico, ajudando a imaginar qual será a nova função dos escritórios físicos num mundo cada vez mais digital. É importante redesenhar a função que o escritório desempenhará na organização, e graças à automação, os RH têm mais tempo para desenvolver propostas criativas e tentar obter o máximo rendimento do modelo de trabalho híbrido. De acordo com um relatório da PwC, 83% dos colaboradores querem trabalhar à distância pelo menos um dia por semana, enquanto 32% gostariam de nunca mais voltar ao escritório. Essa propensão para o teletrabalho, pelo menos em parte do tempo, deve ser atendida. Enquanto isso, o departamento de RH também deve explorar como aproveitar o escritório para se tornar um espaço físico que incentive a cooperação, conforme recomendado pela Forbes.

A tecnologia está a mudar profundamente as organizações. Cada departamento passa pela sua própria transformação. Nesse sentido, os recursos humanos posicionam-se como um departamento fundamental para enfrentar os constantes desafios organizacionais que a tecnologia apresenta. A automatização de processos ajuda os RH a se concentrarem acima de tudo na resposta a essas mudanças. Os dias de apenas gerir tarefas de back-office acabaram. Os recursos humanos são agora um ativo estratégico.