Como afetará o ‘next normal’ à liquidez das empresas?

Junho 15, 2020

desempeño empresarial liquidez

Um grande número de empresas sofreu um enorme impacto negativo nas suas finanças, devido à crise provocada pelo COVID-19. Aqueles que ainda não notaram os seus efeitos estão ainda a adaptar-se e a preparar-se para que este impacto previsível provoque o menor dano possível. Os planos propostos antes do confinamento serão mantidos, embora adaptados à ‘next normal’, para garantir, entre outros pontos, a liquidez das empresas.

Enquanto isso, todas as empresas terão que enfrentar um processo detalhado de planificação, utilizando as ferramentas necessárias para garantir essa liquidez, uma redução de custos e o fortalecimento das suas relações comerciais, além da identificação de oportunidades à nova normalidade para fortalecer sua posição nos mercados, atualmente instáveis.

Os eixos da planificação na gestão financeira de médio prazo 

A planificação que todo departamento de gestão financeira deve abordar de forma muito detalhada e não pode concentrar-se apenas na liquidez das empresas. Deverá considerar vários pilares da espinha dorsal e mais de um fator, que esteja relacionado com a boa saúde financeira e contabilidade de toda a organização. Este “roteiro” pode ser:

  • A recuperação da liquidez;
  • A melhoria diária da eficiência de custos;
  • O regresso do pagamento de rendas;
  • A reorganização abrangente adaptada ao novo ambiente de trabalho;
  • A busca e exploração de novos nichos de mercado.

A gestão financeira deve focar-se em seguir este “roteiro”, alinhando todas as ações com uma estratégia direcionada para restaurar a normalidade, sem abrir uma via navegável irrecuperável no ano correspondente a 2020.

Além da liquidez das empresas: o que é recomendado fazer

Independentemente dos detalhes exigidos por cada empresa em particular, os responsáveis pela gestão financeira devem usar uma dinâmica de análise e comportamento muito semelhante, aplicável em praticamente todos os cenários do next normal das empresas.

O primeiro passo inevitável é elaborar um diagnóstico das consequências provocadas pelo COVID-19, nomeadamente onde está localizado e qual é o seu nível de importância. Também é necessário adquirir uma visão geral, verificar que posição a empresa ocupa no mercado e qual é o seu verdadeiro potencial competitivo. Outro aspeto a ser analisado é, sem dúvida, a variedade de competências tecnológicas. Especialmente em relação, à distribuição e utilização de recursos humanos, e à capacidade da empresa em se adaptar ou reforçar políticas orientadas para o teletrabalho. Como se distribuem os ativos de recursos humanos e a melhor forma de os optimizar ou reforçar uma determinada área, passa a ser imprescindível.

Além de tudo isso, com os dados reais da situação, é aconselhável preparar um plano de continuidade. Isso deve levar em consideração os pilares fundamentais mencionados acima – eficiência, rendas, liquidez, gestão de pessoas e novas oportunidades. Após ter identificado as oportunidades o que a nova normalidade acarreta para a organização, como o foco da atividade ou na exploração de novos mercados, é totalmente inevitável redefinir totalmente todas as estratégias de forma transversal.

Rotas de financiamento para superar os problemas de liquidez das empresas

Não está descartado que as empresas necessitem de recorrer a fontes externas de financiamento. E também que devam recorrer a mecanismos que garantam a solidez financeira. Por exemplo, o confirming, que permite o pagamento antecipado a fornecedores com faturas que tenham prazos longos de pagamento ou a variedade de opções que compõem o supply chain finance, ou apoio financeiro aos parceiros envolvidos numa determinada cadeia de produção, desde o pedido da compra dos materiais até a cobrança da fatura final.

De qualquer forma, se a liquidez das empresas não pretender ser seriamente reduzida, os departamentos de gestão financeira devem realizar uma análise e planificação urgente, mas detalhada, das suas estratégias, ativos, linhas de ação e recursos. Uma tarefa para a qual a inteligência financeira e a transformação digital das finanças podem ser extremamente úteis.

 

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